Quem somos



PROJETO REMOMA

Reflorestamento do morro da Igreja Matriz de São Gonçalo de Amarante

 

CONCEITO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

A educação ambiental é definida como um conjunto de processos a partir dos quais os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências (art.1º da Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA).

 Segundo Oliveira, o ambiente é o homem e o seu lugar. Mais do que isso, é o homem no seu lugar, no seu entorno e a integração sistêmica que se dá entre o homem e o restante interativo, com as suas devidas funções orgânicas de auto-regulação. Para Guimarães, a educação ambiental é a busca da transformação de valores e atitudes pela construção de novos hábitos de conhecimentos. Para Edwards, na educação ambiental o conhecimento é a educação sobre o ambiente, enquanto os valores e atitudes positivas são uma educação para o ambiente. (In: Educação Ambiental Abordagens múltiplas)

 1. APRESENTAÇÃO

             O REMOMA, projeto de reflorestamento do morro da Igreja Matriz de São Gonçalo de Amarante, realizado por voluntários coordenado e idealizado pelo biólogo Marcos Dias desde 22 de agosto de 2002, objetiva a recuperação da área do entorno da construção localizada no coração do município de São Gonçalo, a partir do plantio de mudas nativas do tipo Mata Atlântica, além de construção de viveiros de árvores e manutenção de cruzeiro comemorativo postado no alto do morro.

Desde então, mais de 2000 árvores já foram plantadas dentre as 2000 previstas para o reflorestamento total. Cerca de  5000 pessoas voluntárias já plantaram individualmente e em conjunto árvores no local, dentre elas principalmente alunos de escolas públicas, particulares, crianças da catequese.

Como ação voltada para valorização e qualificação ambiental assume relevante papel sócio-educacional, ecológico e cultural no município.

O morro localizado atrás da Igreja Matriz ( Paróquia São Gonçalo de Amarante) que deu o nome da cidade era 80% capim colonião. e com a iniciativa do biólogo e paroquiano Marcos Dias, reuniu o grupo jovem para realizar a primeira ação no morro que foi a pintura do Cruzeiro que fica no topo do morro construído em 1947 em comemoração aos 300 anos da paróquia e mais o plantio de 26 mudas nativas da Mata Atlântica. Depois de algumas ações de plantio, comecei a construção de um viveiro de árvores em 2005 para produzir e receber doações de mudas nativas. Poucos eram os voluntários e as ferramentas eram enxada, foice e ancinho. Retirar o capim com essas ferramentas era muito desgastante além do pó de mico que tinha em toda a base do morro.

Em 2007 com a existência do viveiro florestal já há 2 anos, fizemos algumas divulgações da necessidade de doação de uma caixa d’água e em uma missa, ganhamos de uma voluntária uma caixa d'água de 5000 litros para combate a incêndio e regas das mudas no viveiro agua esta captada de água de chuva.

 Em 2008 até então grupo ecológico, transformamos o grupo em projeto REMOMA (Reflorestamento do morro da Matriz).

Em 2010 pela seriedade do projeto e grande relevância para a cidade, ganhamos uma roçadeira motorizada do Rotary Clube de São Gonçalo para facilitar os preparos das etapas do reflorestamento e que nos ajuda até hoje.

Em 2012, depois da uma campanha das 14 Cruzes da Via Sacra, onde cada paroquiano doava a quantia que quisesse. Alguns pagavam o custo de uma cruz e  outros pequenas quantias. Em 45 dias arrecadamos o dinheiro para comprar as maçarandubas, areia, pedra e cimento e parafusos para confeccionar as cruzes e cimentá-la no chão. Elas foram colocadas em etapas ao longo de 2011.

Em 2012, dia da sexta-feira da paixão, inauguramos a Via Sacra no morro da Matriz, motivo de grande alegria pois foi concretizado um antigo sonho da Paróquia que foi só promessas em décadas passadas e nós conseguimos.

Uma das propostas do projeto é recuperar a área degradada há séculos e inibir o crescimento desordenado no topo do morro e unir a ecologia, religiosidade e turismo e conseguimos. Aliás, ainda não falta o turismo pra valer.

Já estamos na 44ª etapa do reflorestamento faltando 500 árvores a serem plantadas.

Objetivamos primordialmente a educação ambiental da comunidade em geral (Crianças, adolescentes, jovens e a dultos), estimulando uma consciência ecológica e ações nesse sentido levando e estimulando sempre aos participantes o espírito da preservação e eles serem semeadores da importância de se preservar esse bem comum que é grande importância para todos nós.

 Como o nosso projeto não é uma ONG, sempre tivemos dificuldades em captar recursos para as atividades, sendo assim todo o material foram doações de voluntários como a caixa d'água, a roçadeira, cavadeira, enxada, ancinho. Todos os materiais de manutenção são custeados ou rateados pelos próprios voluntários.

        Nesses quase 19 anos de atividades puramente voluntária, vejo o quanto valeu enfrentar todas as barreiras ao logo do tempo, como disse acima, conseguimos reconstituir a área degradada em mais um espaço verde em nossa Cidade tão carente quesito. Aqui a ecologia, religiosidade, já estão juntas, faltando apenas poucos passos para tornar o local num espaço Público visitável e com um belo mirante onde a família gonçalense possa fazer uma caminhada no meio da natureza em pleno centro urbano e contemplar, lá do alto a vista panorâmica da cidade.

O projeto nunca ganhou prêmio mas já teve veiculado mais de 25 vezes em matéria em jornal impresso e 4 vezes em televisão três na globo e  uma vez na TV cultura que muito somou para nodos voluntários.

Enfim, a luta pelas questões ambientais continua através de ações espontâneas de amor das pessoas que sabem a importância de cuidar da natureza que nos cerca. São ações simples e concretas que  trazem resultados em menos de 10 anos e beneficiarão não só nós atuais habitantes como as futuras gerações. Precisamos não só pensar em nós mas nos que hão de vir e habitar nosso planeta.

 

      Depois desses anos todos vemos a necessidade de criarmos uma ONG para assim conseguirmos patrocínio e avançarmos com o projeto para outras localidades espalhadas pela cidade, no Estado e quem sabe outros estados.

  2. OBJETIVOS GERAIS

 O REMOMA objetiva primordialmente a educação ambiental da comunidade em geral, estimulando uma consciência ecológica e ações nesse sentido, como exemplo plantio de mudas de árvores, manutenção e potencialização do viveiro.

 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

  • Criar uma Parque municipal com nome sugestivo, Pedra do Cruzeiro;
  • Adequar a trilha já existente às normas técnicas de segurança para caminhadas ecológicas, práticas esportivas e atividades religiosas como a Via Sacra, procissões, etc.;
  • Construir um Mirante, no outeiro da Matriz, com vista para a Cidade;
  • Promover a iluminação do Cruzeiro, construído em 1947 em comemoração ao tricentenário da Igreja Matriz, bem histórico representado no Brasão do Município;
  • Mobilizar a comunidade residente no entorno da área do Projeto, bem como comerciantes, estudantes e paroquianos no sentido de engajarem nos princípios do REMOMA;
  • Realizar aulas e encontros de educação ambiental no local, em parceria com  escolas, universidades e organizações em geral;
  • Resgatar a importância social e ecológica daquele espaço pertencente à Paróquia, comumente invadido por construções irregulares, despertando uma consciência ambiental.

 4. ATIVIDADES JÁ  DESENVOLVIDAS PELO REMOMA

 Produção de mudas no viveiro através de sementes;

  • Acompanhamento do desenvolvimento das árvores;
  • Manutenção da trilha, do viveiro e das árvores;
  • Limpeza da caixa d'água e do pequeno lago artificial que armazena a água da nascente intermitente, onde se encontram peixes ornamentais;
  • Rega das mudas do viveiro e das árvores em estágio de desenvolvimento através da água de chuva, captada pela calha natural da pedra direcionada para caixa d’água localizada no meio do morro;
  • Preparação de berços (buracos) nos dias que antecedem os plantios;
  • Realização das etapas do reflorestamento com princípios educacionais com o plantio de mudas nativas da mata atlântica em conjunto com a comunidade residente entorno do projeto, estudantes e a sociedade em geral;
  • Caminhadas ecológicas ao topo do morro;
  • Reflorestamento no bairro Engenho Pequeno e
  • Reflorestamento na Fazenda do Colubandê

 5. JUSTIFICATIVA

 Contribuição significativa na melhoria da qualidade do ambiente urbano da Cidade de São Gonçalo, tornando-o mais agradável e mais bonito;

  • Seleção e fornecimento de cobertura vegetal com espécies nativas apropriadas para a situação local;
  • Recuperação da paisagem, reconstituindo valores paisagísticos e ambientais, com vegetação de Mata Atlântica;
  • Reabilitação ecológica da área, abrigando fauna típica da região;

 Influência do balanço hídrico, favorecendo infiltração da água no solo e provocando uma maior capacidade hídrica da nascente temporária existente na área do projeto e também uma evapo-transpiração mais lenta;

  • Abrigo à fauna, propiciando uma maior variedade de espécies, conseqüentemente contribuindo positivamente para um maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vetores de doenças;
  • Amortecimento de ruídos urbanos;
  • Prevenção à ocorrência de erosão;
  • Purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através dos mecanismos fotossintéticos.
  • Contenção de expansão desordenada de comunidades no coração da cidade.

 

6.       RESULTADOS O ANTES E DEPOIS

 

MORRO DA MATRIZ – VISÃO FRONTAL

 


 

VISÃO DA IMAGEM DE SATÉLITE (GOOGLE EARTH)

 


 

 

                  

 

 

PERSPECTIVAS DESLIGADAS DO PROJETO REMOMA

 


 

 EXPECTATIVAS

 


VOLUNTÁRIOS  EM AÇÃO

 


 

IMAGENS MAIS RECENTES DO ANTES E DEPOIS

 

                                               LOCALIZAÇÃO DO REMOMA

 



 

 

 



7 .CONCLUSÃO

 

Face a necessidade de se investir cada vez mais no meio ambiente, visando assegurar uma qualidade ambiental, justifica-se a realização deste projeto.

O morro da Matriz (atrás da histórica Paróquia São Gonçalo de Amarante), localizado no centro da cidade de São Gonçalo necessita de um olhar de especialistas para o agora e isso ficará evidente num futuro próximo.

Atualmente o descuido com o ambiente natural é claro, entretanto se o ciclo vicioso tiver uma ruptura, uma nova geração poderá perceber o valor do meio ambiente e poderá assim se encontrar como parte dele.

O ser humano, como animal pensante, precisa analisar as condições locais, estudar esta realidade, sonhar em dias melhores para assim fazer acontecer práticas ambientais, que classificam a sua natureza política. Ser político é pensar, analisar, sonhar e acreditar que é possível mudar. Façamos então política com educação ambiental.

 

“A relação harmoniosa floresta-cidade é fundamental para o equilíbrio do clima, do solo, da água e do ar, refletindo-se diretamente no bem-estar das populações urbanas vizinhas. A quebra destes ciclos pode provocar impactos negativos, inclusive danos à saúde da população.

                 As florestas próximas aos grandes centros urbanos contribuem para amenizar problemas a eles associados, tais como poluição do ar, alterações climáticas, erosões, enchentes, entre outros.

Ajude a preservar este lugar para que nós e as gerações futuras possamos desfrutar de suas incontáveis maravilhas.”

 

                          (Texto extraído do folder do Parque Estadual da Floresta da Tijuca)

 

8. BIBLIOGRAFIA

 

 

  • CLEFFI, Norma Maria. Curso de Biologia. Ecologia. São Paulo: Editora Harper e Row do Brasil, 1985.
  • FILHO, Ítalo Diblasi. Ecologia Geral. Rio de Janeiro: Editora Moderna, 2007.
  • LINO, Clayton F. Águas e florestas da mata atlântica: Por uma Gestão Integrada – São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, 2003.
  • LORENZI, HARRI. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum, 2002.
  • RUSCHEINSKY, Aloísio. Educação Ambiental. Abordagens Múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002.

 






O Cruzeiro foi construído em 1947 em comemoração ao tricentenário da igreja matriz. Tentamos assim, resgatar o seu valor histórico tanto para a moral da igreja quanto para a cidade já que se encontrava e se encontra também no brasão da bandeira do nosso município.

CONSTA NO BRASÃO DO MUNICÍPIO:


Por meio da Deliberação nº 557/69, de 10 de setembro de 1969, aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo Prefeito, Dr. Osmar Leitão Rosa, foram instituídos o Brasão Heráldico e a Bandeira do Município de São Gonçalo.

Ao centro, fica o Escudo, tipo português, dividido em :
Campo de Goles (vermelho), apresentando um cocar sobre duas flechas em aspa; uma estrela de cinco pontas e o esboço do mapa do Rio de Janeiro, tudo em ouro. Campo em Blau (azul), com a roda dentada (engrenagem) de ouro sobrepondo seis galpões de fábricas com duas chaminés nas extremidades, tudo em prata.Campo de Sinople (verde), há um rio ondulado em prata; sobre o rio, no centro, um monte encimado por um cruzeiro, tudo em ouro.Acima do escudo, está a Coroa Mural (ou muralha) de prata, com cinco torres (esta figura é símbolo de município em todo o Brasil). Abaixo do escudo, está o Listel de Goles, com a divisa São Gonçalo e as datas 1646 na destra (direita) e 1890 na sinistra (esquerda) tudo em sable (preto). Sobre o suporte da direita há um ramo de café frutificado e, no suporte da esquerda, está a cana de açúcar, tudo nas próprias cores.
São Gonçalo ao criar seu brasão, procurou dar ênfase as suas características de município industrial, que na época, estava em franca expansão, exportando, inclusive, sua agricultura e sua religiosidade.
Depois da pintura do Cruzeiro, nos reunimos no dia 10/05/2005 para outra atividade o plantio de 25 mudas de árvores. .

EM 2008, SURGE O LOGOTIPO DO PROJETO CRIADO PELO VOLUNTÁRIO BRUNO MERTZ.